“Shahada" الشهادة , de Burhan Qurbani. (A Fé)

sábado, 20 de fevereiro de 2010
Até que esse o titulo em português ficou de acordo com o filme!

          


O cineasta alemão de origem afghan Burhan Qurbani apresentou nesta quarta-feira na Berlinale o filme "Shahada" (A fé), na disputa pelo Urso de Ouro, a história de três jovens muçulmanos de Berlim que têm a fé e sua espiritualidade submetidas a um duro teste na sociedade alemã contemporânea.
Burhan Qurbani, nascido na Alemanha e filho de pais afegãos, explora em "Shahada", seu primeiro longa-metragem, as contradições e problemas de Maryam (Maryam Zaree), Ismail (Carlo Ljubek) e Sammi (Jeremias Acheampong), dentro e fora da comunidade muçulmana de Berlim.
Maryam vive como uma despreocupada jovem alemã e frequenta festas noturnas até o dia em que engravida e decide abortar. O pai dela é o imã de uma mesquita berlinense e a religião parece ter absorvido tanto de sua vida que descuidou da relação com a filha.
Ismail, de origem croata, é um policial alemão casado com uma loura germânica, com quem tem um filho. Ele tem uma vida normal até que o passado volta para atormentá-lo: há alguns anos, em um "acidente de trabalho", ele feriu uma jovem muçulmana. Quando esta é detida por um problema nos documentos, Ismail a ajuda e nasce uma história de amor que o leva a deixar a mulher.
Sammi tem origem nigeriana e trabalha na peixaria de um supermercado onde um jovem alemão se apaixona por ele. No início ele nega a homossexualidade, que segundo ele é incompatível com o Islã, mas aos poucos, após pedir os conselhos de um imã - idealmente tolerante - aceita sua opção.
"Meu filme não é um drama social, nem um documentário. Quis levar as personagens ao limite do que podiam suportar. Saber como deveriam se comportar com suas crenças. Eu sou muçulmano e sou alemão e há grande parte de minha vida no filme, minhas dúvidas, saber se sou ou não um bom muçulmano, se aqui na Berlinale devo beber água ou champanhe. Hoje beberei uma taça de champanhe", afirmou o diretor.
Os temas apresentados em "Shahada" - a religião do Alcorão, a homossexualidade e a emancipação das mulheres muçulmanas - abalaram os jornalistas alemães, que fizeram muitas perguntas durante a entrevista coletiva após a exibição.
"Os muçulmanos não são apenas os árabes barbudos. Cada país define o Islã. Na Alemanha não existem apenas muçulmanos turcos e árabes, também há nigerianos e bósnios. Maryam Zaree e Carlo Ljubek são croatas. Deus ama todas as cores, todos os rostos, a diversidade", declarou Qurbani.
"Ser um homossexual muçulmano é difícil em muitos países. E também é na Alemanha. Meu filme é sobre a tolerância, a possibilidade de aceitar que cada um seja feliz a sua própria maneira. O amor é geral e não pode ser restrito a uma só forma", completou.
Qurbani reconheceu apenas com a educação, informação e o diálogo crítico será possível lutar contra o obscurantismo e a radicalização de algumas correntes do islã.
"A comunidade muçulmana deve sair ela mesma do obscurantismo. Devemos nos questionar o porquê de rezarmos todo dia, este é o trabalho dos homens instruídos", disse.
A atriz Maryam Zaree reivindicou a nacionalidade alemã e a origem de sua família.
"Somos 100% alemães, mas no início éramos imigrantes. Formamos parte deste país. Apesar de nossos pais terem vindo de outros países, nós nos sentimos completamente alemães", disse.
Qurbani afirmou esperar que o filme tenha grande divulgação, sobretudo nas escolas alemãs.
"A intolerância vem da ignorância. Sabe-se pouco de nossa religião. As pessoas têm medo dos muçulmanos, principalmente pelo que leem nos meios de comunicação. No entanto, os alemães vivem cercados de muçulmanos: o taxista, o vendedor de kebab, talvez o psicólogo ou o dentista. Meu filme é contra o medo, contra os mal-entendidos", concluiu.




Tradução do trailer

O que é o Islã?
O que significa ser um bom muçulmano?
....
Polícia, congele!!!

Seus documentos estão expirados...
Tudo em ordem, você pode ir.

Estou nas mãos de Allah, ele guia-me.

O alcorão é um livro sobre o amor...
Aos olhos de Allah, todas as formas de amor são boas. Isso o torna superior.


Minha fé proíbe isso.
Mas você também gostou...

Sua filha fez um aborto ilegal....

Deus vê e Deus castiga...
Não de ouvidos a este Imam !

Busca-la sobre controle, ou....
Ou o que???  O que?

Você perdeu sua cabeça?
Você é tão tolerante que esqueceu de ser um muçulmano.

Nós vamos fazer-lhe um muçulmano...  Não há um Deus além de Allah e Muhammad é seu profeta.

Atire em mim!
Não!

Ficou meio estranho, mas não tinha outro jeito.. rsrrs

Pelo diálogo do trailer da para perceber que é um filme bem forte.... to mega curiosa quero assistir!!!


Font: Uol filmes.

3 comentários:

  1. Noooossa!!! Magina que agente nao vai assistir ne kkkkk, vamo correndo a jato pro cinema kkkkk.
    É verdade parece ser bem forte Oo, corajoso essa cineastra heim, mas vamos ver primeiro ne pra gente dar nossa opiniao de mestras uuuuia kkkkk.




    bjuuuu
    fica com DEUS =]

  1. Anônimo disse...:

    Somos sempre julgados, somos sempre chamados por adjetivos pejorativos, agora, depois desse filme, receberemos mais adjetivos pejorativos, é uma falta total de conhecimento Islâmico, detesto ver pessoas querendo modernizar o Alcorão. Não quero assistir,não quero pensar nas consequencias de mostrar uma muçulmana gravida que quer abortar, de um africano homossexual o que isso pode causar nas nossas vidas, pessoas comuns como eu, que só quer ter o direito de viver sua vida normalmente e acreditando no que quer.
    Primeiro, quem segue o Alcorão e as sunnas não se envolve em "eventos" desse tipo, o Islam não é uma religião apenas é um modo de vida, um manual de conduta moral e cívica, temos que aprender a nos comportar adequadamente em todas as ocasiões, da hora em que acordamos a hora que vamos dormir, sempre louvando e adorando a Allah.
    Falar que é muçulmano qualquer um pode, mas ser um muçulmano verdadeiro não é simples, precisa estudar muito, precisa se dedicar, odiei a idéia desse filme.

  1. "Tah" disse...:

    Então pessoa anônima!!!!
    Concordo plenamente com vc... tenho uma visão sobre comportamentos de bons muslins.....

    Mas não podemos de deixar de pensar que em todo mundo existem hoje em dia muslins e os mesmos vivem da forma que acham melhor e são felizes com isso, eu não concordo com tal comportamento, mas n podemos deixar de levar em consideração que esse numero cresce muito.... principalmente muslis que vivem em metropoles ocidentais como a do Filme... que acabam tendo contato com esse mundo democrático que é julgado por uma moral que serve para poucos, pois até no ocidente temos posições de comportamento que devem ser compridas.. mais a muito tempo isso não é feito. Até mesmo em uma city peqna como a minha que essas liberdades democráticas demoraram a chegar....... como diz minha avó (uma velhinha recatada e muito católica) esse mundo tá perdido... Isso pq aqui é uma mini cidade, imagina nas grandes metrópoles brasileira... tudo é normal a qualquer hora em qualquer lugar.
    Imagina essa vida de liberdades e prazeres contaminando a cabeça de quem acabou de chegar, ou mesmo de quem já nasceu dentro desse espaço democrático????

    Sei bem o que deve ser feito, mas é bem complicado.
    Vou fazer uma comparação bem absurda:

    Um jovem que cresce em uma familia bem estruturada, n estou falando de dinheiro, mas sim de pai e mãe em seus devidos lugares na educação dos filhos é bem difícil que esses filhos aceitem um cigarro de maconha do primeiro que aparecer, ou de qualquer pessoas em qualquer situação.
    Em minha visão isso acontece tbm na parte religiosa, se essa familia muçulmana for bem estruturada em questão de valores, seus filhos podem estar em qualquer parte do mundo que nda abala e põem a prova sua fé e seus costumes.
    Eu e vc sabemos que aqui mesmo no Brasil isso tem aos montes, comunidades de muslins que vivem muito bem obrigado, cercados por todas as tentações de muito fácil acesso.

    É por isso que ainda acho a intenção do filme é valida, não podemos ignorar uma estatística.

    Pense nisso!!!