Mulheres de Kabul - Parte 1

quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Como eu já havia dito algumas vezes o livro fala sobre duas épocas, antes e depois do Taleban, como era a vida delas, como elas se vestiam, qual o tipo de trabalho tinham.
Feito de entrevistas pessoais e pontos de vista, cada uma fala sobre as circunstância que passaram durante os períodos mais difíceis.

Antes o Talibã, durante a ocupação soviética a vida era relativamente "boa" se formos comparar com nossos modos de vida com um país Islâmico, mas já sofriam com matança de inocente, bombardeios e outras coisa relacionadas a guerra, dentro do próprio país sempre ouve uma disputa dura pelo poder, alguns queriam a volta do Rei, os mais intelectuais enchergavam desenvolvimento com os soviéticos, e por fim os fanáticos fundamentalistas que deram origem ao Taleban implantaram seu regime autoritarista e absurdo não só para mulheres, mas para os homens também

Resumindo......... Os soviéticos guerrilharam contra os mujahideens, logo após contra os Talebans , por sua vez os Talebans foram "expulsos" pelo exército da salvação Americano em conjunto com a Aliança do Norte, que na minha opinião seria a salvação para o país, pois é feita de cidadãos Afghans.
(Ainda farei um post sobre os 60 anos de invasões e guerras no Afghanistan.


Hoje em dia o Afghanistan é governado por um presidente eleito a voto popular não obrigatório, mas popular. E quem compareceu em peso  as urnas..... As Mulheres de Kabul.


Antes do fim do Talibã em 1997.


Vou começar pela história de duas irmãs Jamila e Fersitta ambas trabalhavam, uma como radialista e a outra como jornalista
Ambas defendem a liberdade que tinham.

Na visão de Jamila na época dos soviéticos as mulheres tinham mais liberdade de se vestir, trabalhar e estudar e isso era bom para o futuro delas, para Fersitta sob governo dos mujahideen (guerrilheiros nativos que lutam pelos direitos de sua nação) também podiam trabalhar, mas não era relativamente seguro, cada comandante tinha sua linha de pensamento, isso as amedrontavam.

Na opinião das duas a pior coisa que pode acontecer no Afghanistan foi o domínio dos Talebans, tornaram a vida das mulheres absurdamente insuportável, com suas condições absurdas de vida e etc.

 Jamila
" Nunca namorei. Isso não tem importância para mim. Não faz parte de nossa cultura ter namorados como vocês. Meu casamento depende de minha família. É uma decisão que cabe às famílias - não a nós."

Fersitta
"Às vezes torcemos para que um governo como o de Massoud retorne ao poder e os Talebans sejam destruídos. Talvez, com o tempo,  os Talebans venham a adquirir mais confiança em seu domínio e permita às mulheres que saiam a rua. Ou, talvez, um novo governo assuma o poder  e acabe com toda essa violência. Nós queremos paz e liberdade no  Afghanistan."
Durante as viagens da escritora Harriet Logan pelo Afghanitan (1997 e 2001) ela fez questão de tentar entrevistar todas que tinha feito, algumas não conseguiu encontrar, outras se mudaram  junto com os outro 2 milhões ou mais de refugiados afghans existentes pelo mundo. No caso das duas irmãs não houve uma segunda entrevista elas deixaram o país.

4 comentários:

  1. Anônimo disse...:

    Mt interessante teu post,Thais. Sempre aprendo um pouquinho qd venho aqui. Beijos

  1. Anônimo disse...:

    :))))

  1. Anônimo disse...:

    http://www.youtube.com/watch?v=fb5i0c6E0tY

    Isso me faz mto bem qdo escuto. Espero q gostem tb!!!

  1. stéfani disse...:

    Thaís. Amei o post. É perfeito. Este livro se assemelha com o que eu li: "A terceira Xícara de Chá" de Greg Mortenson e james oliver Relin.

    Tem um filme que é muito legal, você talvez conheça, "Jogos do Poder", fala sobre os mujahideens. Afeganistão x URSS.

    Sobre as mulheres de Kabul, é muito bom ver que a mulher tem hoje maior participação como cidadãs afegãs.

    Beijos linda
    A paz