Dentro do Castelo de Qala Bist
Em homenagem ao maravilhoso livro que estou acabando de ler, irei escrever um texto sobre um país pouco interessado ao resto do mundo.
Afganistan......
O que sabemos sobre esse país??
Ao meio de montanhas belíssimas, desertos mortais, rios com vida de vontade própria, esse país ainda preserva a beleza de suas mulheres, e uma força de vontade humana grandiosa capaz de desmoronar e se levantar sendo dilacerado em cada época por motivos, questões e líderes diferentes.
Mesmo passando por tantas lutas, desimações, privações, um forte regime religioso extremista, primeiro com seus Mulás e logo após os Talibans que praticaram severas punições, desafiando as leis da bondade divida, eles vem sobrevivendo com muito esforço dedicação a causa de suas terras, religião e cultura.
Não podemos esquecer que uma nação, um estado, uma cidade sofre com muitos episódios tristes em sua história, também possui uma população que nada tem com esses acontecimentos históricos. Manchando imagem de um povo que sofre em reconstruir e reconstruir, em meio tantas resconstruções de sua terra mãe, lutam contra o desaparecimento de uma história que mais da metade está perdida, sem registro, documentações, patrimônios arquitetônicos destruídos pelas constantes guerras civis e invasões americanas, russas, soviéticas e britânicas. Afff..... recuperando meu folêgo.....
Como o mundo pode querer usar de comparações a um povo que se quer teve a oportunidade de crescer como todas as nações e se livrar da extração da papoula e a venda de ópio consequentemente maior fonte de renda dos Afghans.
Lá está os mais inteligentes homens do deserto expert em irrigações em solos dominados pela alta concentração de sal em suas terras, tornando-as praticamente impossíveis de se cultivar, mesmo assim com todas essas dificuldades em meio ao Deserto da Morte são os maiores produtores do melhor melão do mundo.
Plantação de Melão no meio do deserto à temperaturas que chegam aos 50 graus
Temos que definitivamente aprender que existe uma diferença muito grande entre o primitivo e a falta de tempo, pois tudo primitivo que há nesse país corresponde a mais de dois mil anos de cultura, passaram por lá muitas civilizações importantíssimas que construiram a história Antiga mundial.
Esse é um país como muitos, seriamente precisam de todo tipo de ajuda. Intelectual, humanitária, voluntária e milhões de outros tipos. Sem total intuito de modifica-lo culturalmente com tecnologia e outras coisas, mais sim de uma forma geral respeitar tudo que representa para os Afghas a reconstrução de sua tão amada nação.
"Amada" todos podem pensar que lembrar de casa causa dor: tantas mortes, dor, guerras, violência, mais é com toda certeza desse mundo que muitos queriam voltar as suas terras e viver da forma que sabem viver.
Admirando aqui ter lido esse livro que pela primeira vez fala da cultura de um povo e não os defeitos da mesma. Mostrando um Afganistan cheios de mistérios e a vontade de levantar a nação com os braços de seu povo e não de um bando de ocidentais que visam modernização e esquecem de uma cultura milenar que foi parcialmente deteriorada pelas próprias mãos de suas ambições mais imundas e repugnantes.
Allahu Akbar..... dias melhores virão.
Thaís, me emocionou mt o seu texto e acredito que tem que ser mesmo divulgado o lado bom! Vc com seu blog, tem um papel mt importante!
Admiro o seu amor e sede de aprender por um país que não é "popularzinho" e nada fácil de entender, pois é distante da nossa realidade. Mas nem por isso deixa de ser belo, com pessoas belas e povo guerreiro! Vc faz mt bem!PARABENS!!!
Beijos